terça-feira, 17 de janeiro de 2017

O Autodidatismo que me acompanha

Já ouvi muitas vezes a palavra Autodidata e eu mesmo já usei, pois sou um autodidata em processo sempre. Na minha missão como artista eu me considero músico, poeta, ator e sonoplasta. Dentre essas funções ou profissões artísticas, apenas uma eu tenho registro - ATOR - mesmo não tendo estudado em um curso regular, obtive meu registro através de trabalhos e alguns cursos. Mas penso que ator não tem como ser autodidata, pois sempre tem algum curso livre, workshop ou mesmo gente de teatro que quer passar algum aprendizado e daí você vai fazendo e aprendendo de alguma forma. Não quero aqui afirmar que as instituições de ensino de teatro sejam desnecessárias, visto que ainda resistem, mesmo com a gama de opções que aparece nesse mercado, mas vejo que não há curso superior ou técnico em teatro tão acessível a todas as pessoas e lugares no Rio de Janeiro, sobretudo do ensino público.



Quanto ao aprendizado musical, aos nove anos de idade, incentivado por ver primos tocando violão e jovens da Capela Sagrado coração de Jesus (morro da Pedreira) nos dias de missa, iniciei uma insistência incrível de pedir que me ensinassem a tocar esse instrumento. Primeiro, tomei aulas com primos e até primas que já estavam tocando musicas inteiras, claro que eles sabiam muito pouco, mas pra mim, pegar no instrumento e tentar fazer qualquer coisa já era de uma alegria muito grande. O incentivo a mais veio logo após, quando meu padrinho me deu um violãozinho, todo trabalhado em madeira bruta e com cordas de nylon pretas. A falta de acabamento no violão, para um menino de nove anos não era problema, afinal era o instrumento que queria e só vim ter noção que era ruim quando comprei um melhor. Os primos e jovens da comunidade já estavam de saco cheio de minha insistência em aprender e todos pularam fora de me dar alguma aula. Uma tia resolveu pagar aulas num clube em que ela frequentava, mas fiquei apenas três meses tendo aula e ela me tirou e não consigo lembrar o porque.

Resolvi fazer essa introdução para dizer que a partir disso tudo, eu segui vendo revistinhas, livros de cifras e métodos, de uma maneira em que aprendi a tocar esse instrumento e descobri que com ele eu conseguia mostrar que tinha talento pra coisa, mas ter talento é apenas o princípio de tudo, mas não é tudo. O fato é que eu nunca me aperfeiçoei em música, mas me considero um músico mesmo que limitado, talvez isso não me faça um profissional da música, mas o fato é que consigo fazer o que muitos músicos que trabalham com música não fazem, que é compor uma música, mesmo sendo um semi-analfabeto do PENTAGRAMA.

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